sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Comunicado de Imprensa da Candidatura Alternativa

19 de Dezembro de 2007
Comissão Directiva da Candidatura analisou
os resultados das eleições de 12 de Dezembro

«Movimento foi decisivo e vai continuar»

Na reunião de balanço, realizada a 19 de Dezembro, a Comissão Directiva da Candidatura Alternativa considerou que nas eleições de 12 de Dezembro esta Candidatura alcançou um importante marco na história da Ordem. A Candidatura Alternativa marcou as eleições por uma postura séria, um trabalho profundo, orientado exclusivamente pelos interesses dos médicos. Foi a Candidatura Alternativa que obrigou à segunda volta. Ficou claro que os médicos perceberam que era importante haver uma alternativa e que a Ordem dos Médicos não pode continuar alheada dos seus associados e dos interesses dos médicos. Ficou claro que este mandato que agora se avizinha será um mandato de transição. O movimento Alternativa para a Ordem dos Médicos compromete-se a desenvolver todos os esforços para que essa alternativa se desenvolva e concretize na próxima eleição.
A votação na Candidatura Alternativa, pela sua abrangência e regularidade em todo o território, é uma candidatura nacional, de facto. Pelo contrário, são notadas claras marcas de regionalismo nas outras duas candidaturas: uma mais a Sul e outra mais a Norte, mas regionalistas.

Princípios que defendemos mantêm-se
A Candidatura Alternativa defendeu grandes objectivos estratégicos, que a significativa votação mais valorizou e pelos quais continuará a pugnar, dentro e fora da Ordem:
1. É urgente a reorganização interna da Ordem em três questões concretas, a saber:
a) revisão dos Estatutos,
b) revisão do Regulamento Eleitoral,
c) revisão do Código Deontológico.
A Candidatura Alternativa reclama a participação nessas revisões por direito adquirido;
2. As carreiras médicas têm de ser reformuladas, a Ordem deve empenhar-se nessa tarefa e a Candidatura Alternativa vai participar;
3. A Candidatura Alternativa marcou a campanha pela defesa do Serviço Nacional de Saúde e sua renovação em progresso – e esse objectivo vai prosseguir no dia-a-dia;
4. A Candidatura Alternativa reclama para o Movimento Médico que gerou que sejam criadas condições de trabalho dentro da Ordem dos Médicos, a fim de prosseguir a sua tarefa de esclarecimento e participação dos médicos.

Movimento da Candidatura Alternativa vai continuar
O movimento que conduziu à Candidatura Alternativa vai continuar. Vão ser realizadas reuniões regulares e logo que se definam os resultados da segunda volta. A Alternativa vai reclamar condições de trabalho permanente na Ordem. E continuará a dar notícia da sua acção junto dos médicos e da opinião pública nacional. Manterá os meios de contacto informáticos via e-mail e através do Blog da Candidatura.

Entrevista do Prof. Carlos da Silva Santos ao «Notícias Médicas»

O Movimento da Candidatura Alternativa vai exigir o estatuto de oposição dentro da Ordem
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NM - Que balanço faz da votação que conseguiu nos vários distritos médicos?

Prof. CSS - A candidatura Alternativa atingiu votações significativas para Bastonário, na generalidade do país. As listas C na Secção Regional sul, Grande Lisboa, Lisboa Cidade e Beja acompanham de perto os resultados obtidos para o Bastonário, cerca de 11%,13% e 17% nas secções regionais Norte, Centro e Sul respectivamente, o que mostra ter sido a única candidatura verdadeiramente nacional. Cerca de 1600 colegas manifestaram de forma concreta que estavam com o nosso projecto. Hoje podemos perceber que muitos mais comungam dos nossos objectivos mas que não acreditaram na possibilidade de reverter o curso descendente da OM.

Perdeu para os seus dois adversários. Quanto a si, o que é que faltou na sua candidatura?

Num processo de contínua degradação da importância da OM como instituição útil aos médicos era necessário travar o descalabro previsível mas tal não foi possível no momento presente. Quem perdeu, em primeiro lugar, foi a OM e a classe médica. A nossa candidatura bateu-se com disponibilidade e coragem. A forte bipolarização das eleições em torno dos dois candidatos do sistema limitou a actividade de esclarecimento da nossa candidatura que partiu de fora e com um tempo curto de apresentação, acrescido de algumas violações antidemocráticas da direcção de serviço da OM. No entanto as eleições, com a nossa acção, foram bem diferentes e os resultados mostraram o caminho futuro que teremos de percorrer. De realçar que sentimos que o objectivo de mobilizar os jovens para a acção na OM não foi ainda conseguido e era com eles que contávamos para disputar a vitória.

Que leitura faz dos resultados obtidos pelo Dr. Miguel Leão e pelo Dr. Pedro Nunes?

Como opositores donos do sistema que usaram em seu proveito tiveram os resultados que essas condições lhe proporcionaram. Na verdade os votos têm uma distribuição por áreas de influência maioritária dos candidatos o que com alguma propriedade pode ser chamada de regionalista. O mais importante foi, no entanto, a necessidade de uma segunda volta, resultado este da inteira responsabilidade da minha candidatura. A ordenação dos candidatos na primeira volta provocou uma insólita reacção de um deles ao atirar a toalha ao tapete.

Quem vai apoiar na segunda volta e porquê?

A candidatura Alternativa não vai apoiar nenhum dos candidatos de acordo com a apreciação de que nenhum deles tem condições e capacidades para dirigir a OM no momento presente. As apreciações são factuais e foram avançadas na campanha eleitoral.
Recomendamos que os nossos apoiantes votem de acordo com a valorização pessoal das críticas que fizemos e fazemos aos dois candidatos. Ainda a campanha da segunda volta vai no início e já se pode ter uma noção do baixo nível do confronto entre os candidatos. Vale tudo. Os órgãos eleitos da OM como o Conselho Nacional Executivo e mesmo os Conselhos das Secções Regionais, sem qualquer sentido ético ou de imparcialidade, tomam partido na corrida eleitoral. É uma vergonha. É caso para perguntar se é esta OM que queremos. Só a rotura com a direcção instalada permite resgatar a OM a favor dos médicos.
O bastonário que sair deste pleito será um dirigente transitório no associativismo médico. Cada vez mais se irá impor a Alternativa.


Que planos tem o movimento «Alternativa para a Ordem»? Vai desmobilizar ou continuar a intervir? Se sim, de que modo?

O movimento Alternativo vai continuar, já tem plano de acção e possui recursos para o desenvolver.
Na intervenção eleitoral e posterior apresentamos as seguintes grandes linhas de acção.
-Exigir o Estatuto de Oposição dentro da OM. Isto é requerer condições materiais mínimas para desenvolver actividade nas instalações da OM que permitam ao movimento o contacto com os colegas sempre e quando necessário, a participação nos órgãos informativos da OM, o acesso à informação sobre as decisões e agendas dos diversos órgãos entre outras prerrogativas de participação das minorias.
- Exigir a representação na comissão alargada encarregue da revisão dos Estatutos da OM com o fim de promover a sua democratização, representatividade e operacionalidade e a sua ampla discussão entre os médicos.
-Exigir a representação na comissão alargada encarregue da revisão serena e participada do Código Deontológico.
-Exigir a representação na comissão alargada encarregue da actualização em progresso do Serviço Nacional de Saúde.
- Exigir a representação na comissão alargada de revisão e prepositura das novas carreiras médicas que deve contar, maioritariamente, com jovens médicos.

Estes objectivos de acção foram comunicados pessoalmente a ambos os candidatos à segunda volta.


Lisboa, 28 de Dezembro de 2007

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Foram muitas as dificuldades colocadas à Candidatura Alternativa

Apreciação do período eleitoral e do momento presente

Pelo Dr. João Manuel Valente

1.
Além das dificuldades todas que nos foram colocadas para o desenvolvimento do nosso trabalho de secretariado (lista de 'mail' não correctas, etc.) não é aceitável que os actuais corpos gerentes da Secção Regional Sul não nos tenham disponibilizado espaço físico de apoio, agravado pelo facto de se terem vangloriado com a compra do edifício onde funciona desde Outubro a contabilidade e de, no próprio dia das eleições, terem informado da compra do edifício no caminho da rotunda do aeroporto

2.
Por outro lado é inaceitável que no universo eleitoral constem nomes de colegas há muito falecidos (por exemplo os nomes dos prof. Rudolfo Iriarte Peixoto e do prof. Jacinto Moniz Bettencourt), cuja correspondência virá sistematicamente devolvida, além de terem cerca de '30 anos de quotas em atraso...', actividade em que está direcção tem sido muito rigorosa, com instauração de processos judiciais aos colegas com quotização em atraso. Podemos também contabilizar um número apreciável de colegas inscritos cuja correspondência foi devolvida por 'falecimento' (cerca de 200, segundo julgamos saber).

3.
A atitude de 'fuga' do actual bastonário, suspendendo o mandato e tentando de imediato delegar os seus poderes no presidente da Secção Regional do Centro prof. José Manuel Silva, não é politicamente aceitável a meio de um período eleitoral e, como disse o prof. Vital Moreira no seu 'blog' colectivo 'Causa Nostra', tal possibilidade não existe nos actuais estatutos da Ordem dos Médicos. Além de que fica muito mal ao prof. José Manuel Silva aceitar esta 'figura' de 'delfim' do actual bastonário, substituindo-o sem ser por motivos de saúde ou outros de força maior imponderáveis

Post Scriptum
Atenção à completa mudança de estilo nas intervenções do 'bastonário substituto' prof. José Manuel Silva, que, no final da primeira parte do jogo da eleição, altera completamente os dados do problema colocado:
Agora pretende-se mais interveniente, como nunca foi, correndo atrás de declarações sucessivas e contundentes, perante a intervenção do Ministro que vai encerrando Urgências SAPs, administrações hospitalares que obrigam os doentes a comprar insulinas... um rol de discursos inflamados cheios de verborreia para mostrar que neste mandato as coisas serão diferentes... ou seja propõe-se fazer uma campanha para a segunda volta como se não tivesse existido primeira volta e o candidato fosse outro que não o dr. Pedro Nunes... e vociferando contra o outro candidato, utilizando o CNE 'reeleito' como arma de arremesso nas suas investidas...
Isto tudo parece absurdo e sem nexo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Programa de campanha continua até ao fim com o mesmo entusiasmo

DEBATE NA TSF
Está agendado o debate, mesmo, mesmo para a última hora... É na terça-feira, 11, das 10 às 12, no programa de Manuel Acácio.
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VOTAÇÃO PROSSEGUE
Segundo informação fidedigna, ontem já tinham votado por correspondência cerca de 4 000 médicos. Comparativamente, um pouco mais na Zona Norte do que há três anos e níveis idênticos para as restantes zonas. Não esqueça a recta final: cada voto é importante. E ainda se pode votar presencialmente no dia 12, mesmo... como é claro.

VISITAS continuam
Dia 6, quinta
Hospital Prof. Fernando da Fonseca / Amadora-Sintra

Dia 7, sexta
Porto (S. João e provavelmente outros)

Dias 8 e 9, sábado e domingo
Périplo pelas Urgências de Lisboa

Dia 10, segunda
Hospital de Santa Maria

Dia 11, terça
Hospital de S. José

Dia 12: eleição

Entrevista do Prof. Silva Santos ao «CM»

Ordem dos médicos vai a votos (faltam 8 dias)
O Serviço de Saúde está doente e desorganizado

Carlos Silva Santos, docente da escola nacional de saúde pública, diz que a sua candidatura constitui uma alternativa, um imperativo moral, profissional e cívico, que responde à necessidade de ruptura com a actual situação na Ordem.
Pode ler a entrevista aqui. Eis uma citação, para exemplo: «A OM tem de criar um património de reflexão escrita – tal como vamos fazer para os problemas da saúde, da visão, da mulher, das crianças, o ataque às grandes doenças crónicas – e falar sobre a saúde dos trabalhadores. Temos de ter um olhar forte e o bastonário deve ter uma posição sobre estes temas. Sou a favor de estudar tudo e escolher a melhor prioridade