segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Em defesa dos médicos e da medicina

Bases programáticas essenciais da candidatura

Vamos construir um verdadeiro património de análise e reflexão escrita com os recursos próprios e em cooperação com o mundo académico e da investigação em saúde e em serviços de saúde.
Desde já, apresentamos um conjunto de propostas que, sendo do bastonário, devem ser consideradas como projectos a desenvolver e como tal inacabados abertos a todos os contributos dos médicos e outros relevantes:

I- Defesa em progresso do Serviço Nacional de Saúde Constitucional

1- Razões técnico-científicas do seu êxito.
2- Principais debilidades.
3- A necessidade da sua remodelação e actualização em progresso.
4- A importância da participação dos profissionais de saúde.
5- Os benefícios da informatização da actividade clínica e da actividade médica em geral há tanto tempo esperada.
6- Vantagens da perspectiva de saúde publica e dos ganhos em saúde e do planeamento em saúde.
7- Vantagens de participação das populações.
8- Vantagens das finanças locais regionais e nacionais de saúde - estudar os melhores critérios.
9- Garantia da ética e deontologia nos serviços de saúde - Código de ética para os médicos do SNS.
10- Cooperação entre as profissões da saúde.
11- Aproximação aos profissionais da administração em saúde (também há gente boa e conhecedora entre os administradores hospitalares e que não comungam obrigatoriamente das ideias retrógadas neoliberais do Sr Manuel Delgado, Presidente da Associação dos Administradores Hospitalares).

II- Defesa das carreiras médicas

1. Como suporte da qualidade, da efectividade e da eficiência da prestação de cuidados médicos e ainda da garantia da realização profissional dos médicos.
2. O que trás de novo o velho taylorismo nos cuidados médicos e de saúde.
3. Os maus resultados da parcialização das actividades de cuidar os maus resultados em saúde. (Dizem que a produção contabilista e de mercado neoliberal é um grande negócio financeiro).
4. A hierarquização dos cuidados e dos profissionais por critérios de formação demonstrada em vantagem pela gestão por capataz.
5. Vantagens da produção integrada versus produção à peça.
6. A necessidade de um código de boas práticas ou de um código deontológico para a actividade médica em unidades de saúde hospitalares ou de cuidados primários.
7. Garantia de patamares de formação da responsabilidade do empregador até aqui muitas vezes ausente.
8. Garantia de princípios de remuneração equitativos e outros direitos cuja defesa cabe aos sindicatos.
9. Integração de todos os profissionais ao serviço desde o início (garantia aos jovens e aos menos jovens).
10. Garantia do trabalho em equipa segundo as especificidades de cada especialidade.
11. Garantia da integração dos diversos contributos das diferentes especialidades e de outros profissionais de saúde.
12. Actualização das carreiras com avaliação de desempenho ao longo da vida.
13. As condições de trabalho médico: novos paradigmas

III -A promoção social e cultural dos médicos

1. A valorização do potencial social da nossa actividade.
2. O contributo da nossa cidadania para a paz e para a justiça social.
3. O enriquecimento cultural dos médicos.
4. O convívio cultural entre pares e outros sectores da sociedade.
5. A fruição do ambiente, da beleza e do património cultural nacional e internacional.
6. A solidariedade entre colegas em especial par com os que se encontrem em dificuldade.
7. O nosso contributo no espaço europeu e internacional para democracia em saúde.
8. Não à mercantilização da doença.
9. A solidariedade internacional em saúde.

IV -A reorganização interna da OM

1. Novos estatutos, nova democracia: os actuais estão ancilosados.
2. Princípio da proporcionalidade na construção dos órgãos plenários, constituição de executivos resultantes destes.
3. Garantia da pluralidade de contributos para a contrição das posições da OM.
4. Valorização dos colégios de especialidade, autonomia e meios para exercer a sua actividade.
5. Criar espaços de análise e avaliação de temas que interessem a diversas especialidades.
6. Promover planos de acção de cada especialidade.
7. Política de comunicação aberta e pluralista entre médicos.
8. As relações institucionais serão as próprias aos órgãos de Estado e de governo sem quebra da autonomia de associação livre de médicos que também é a OM.

V - Representação externa

1. Junto dos organismos de Estado.
2. Junto da comunidade científica.
3. Junto das Universidades.
4. Internacionalmente.
5. Conjuntamente com os Palops.
6. Acompanhamento dos movimentos de utentes e de doentes.
7. Estreita cooperação com outras associações incluindo as sindicais e não somente nos períodos pré eleitorais Um novo tipo de Fórum Médico.

Que metodologias de trabalho vão ser defendidas?

Entre outras, eis as principais:
- Primado do trabalho em equipa, seguimento da vontade das maiorias e com respeito pelas minorias.
- Medidas técnicas baseadas na evidência própria ou documentada.
- Trabalho de consensos permanente.
- Auscultação dos profissionais. Promover o estatuto da sondagem e do referendo inter-pares.
- Abertura do gabinete de apoio ao médico com componente técnica e também jurídica (mas esta nunca isoladamente mas sempre ao serviço das orientações médicas).
- Organização e agilização dos processos com ou sem implicação disciplinar e a sua credibilização com eventual contribuição de elementos externos (magistrados por exemplo)
- Penalização exemplar e atempada dos casos disciplinares justificados. Análise dos incidentes críticos de interesse mais geral para a classe e eventualmente para a opinião pública.Colaboração com a Inspecção-geral da Saúde na componente técnica da acção médica.

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