Foto: DN
Comunicado de Imprensa
O ainda Bastonário da Ordem dos Médicos está equivocado sobre a IVG nos Centros de Saúde
As posições públicas do Dr. Pedro Nunes sobre a prática da IVG nos centros de saúde são uma mostra clara de má prática como bastonário e demonstram à saciedade um comportamento deplorável que prejudica os médicos e a sua associação profissional, comportamento que infelizmente não é casual.
Se não, vejamos.
1º
Opinião pessoal e pensamento institucional
O colega Dr. Pedro Nunes assume-se como dono e senhor da Ordem dos Médicos e transforma as suas duvidosas opiniões em pensamento institucional, à revelia dos médicos e, neste caso concreto e mais grave, à revelia dos colégios de especialidades da Obstetrícia e Ginecologia e da Clínica Geral. Esta forma de agir não é casual: é sistemática. Daí, a sua maior gravidade ainda. E por isso se justifica ainda mais que a minha candidatura alternativa se afirme e afirme outro modo de fazer pensamento institucional, democrático, resultante do debate e da intervenção dos Colégios da Ordem e não de posições pessoais, como tem acontecido.
2º
IVG resulta de necessidade
Neste comportamento totalitário avança com argumentos falsos ou falaciosos, acientíficos e sem qualquer fundamento empírico. Primeiro afirma que a realização da IVG nos centros de saúde leva à sua banalização. Com esta afirmação mostra ignorar por completo o fenómeno do aborto – que não é nem nunca foi acto espontâneo de livre arbítrio das mulheres, mas sim uma necessidade emergente face às condições reais de vida das mulheres que precisam de o fazer.
Na verdade esta posição traduz um total desrespeito pelas mulheres ao considerá-las fúteis e irresponsáveis. Por outro lado o Dr. Nunes devia saber que a existência da IVG é no essencial independente da oferta dos serviços de saúde.
3º
Anátema feio
Quanto à competência dos Clínicos Gerais para praticar o acto médico da IVG o colega Pedro Nunes cai na tentação irresponsável de subvalorizar os nossos colegas da clínica geral que são médicos especialistas que eticamente desenvolvem a sua actividade de acordo com os seus conhecimento e a formação contínua. Por isso lançar o anátema sobre os colegas e a sua competência é no mínimo feio. Chega mesmo a ser mal-educado quando atribui a estes colegas a incapacidade, por proximidade dos utentes, de evocar a objecção de consciência. Que grande paternalista é este ainda bastonário.
4º
Os cuidados primários de saúde merecem melhor
Depois o colega Nunes afirma que a facilidade de oferta da IVG nos centros de saúde vai fazer baixar os níveis de anti-concepção!!!
É o máximo!
Com que olhos é que este colega vê o sistema de cuidados primários saúde – que merecem mais e melhor da parte da Ordem – ou melhor: da parte do ainda Bastonário da Ordem dos Médicos…
Comunicado de Imprensa
O ainda Bastonário da Ordem dos Médicos está equivocado sobre a IVG nos Centros de Saúde
As posições públicas do Dr. Pedro Nunes sobre a prática da IVG nos centros de saúde são uma mostra clara de má prática como bastonário e demonstram à saciedade um comportamento deplorável que prejudica os médicos e a sua associação profissional, comportamento que infelizmente não é casual.
Se não, vejamos.
1º
Opinião pessoal e pensamento institucional
O colega Dr. Pedro Nunes assume-se como dono e senhor da Ordem dos Médicos e transforma as suas duvidosas opiniões em pensamento institucional, à revelia dos médicos e, neste caso concreto e mais grave, à revelia dos colégios de especialidades da Obstetrícia e Ginecologia e da Clínica Geral. Esta forma de agir não é casual: é sistemática. Daí, a sua maior gravidade ainda. E por isso se justifica ainda mais que a minha candidatura alternativa se afirme e afirme outro modo de fazer pensamento institucional, democrático, resultante do debate e da intervenção dos Colégios da Ordem e não de posições pessoais, como tem acontecido.
2º
IVG resulta de necessidade
Neste comportamento totalitário avança com argumentos falsos ou falaciosos, acientíficos e sem qualquer fundamento empírico. Primeiro afirma que a realização da IVG nos centros de saúde leva à sua banalização. Com esta afirmação mostra ignorar por completo o fenómeno do aborto – que não é nem nunca foi acto espontâneo de livre arbítrio das mulheres, mas sim uma necessidade emergente face às condições reais de vida das mulheres que precisam de o fazer.
Na verdade esta posição traduz um total desrespeito pelas mulheres ao considerá-las fúteis e irresponsáveis. Por outro lado o Dr. Nunes devia saber que a existência da IVG é no essencial independente da oferta dos serviços de saúde.
3º
Anátema feio
Quanto à competência dos Clínicos Gerais para praticar o acto médico da IVG o colega Pedro Nunes cai na tentação irresponsável de subvalorizar os nossos colegas da clínica geral que são médicos especialistas que eticamente desenvolvem a sua actividade de acordo com os seus conhecimento e a formação contínua. Por isso lançar o anátema sobre os colegas e a sua competência é no mínimo feio. Chega mesmo a ser mal-educado quando atribui a estes colegas a incapacidade, por proximidade dos utentes, de evocar a objecção de consciência. Que grande paternalista é este ainda bastonário.
4º
Os cuidados primários de saúde merecem melhor
Depois o colega Nunes afirma que a facilidade de oferta da IVG nos centros de saúde vai fazer baixar os níveis de anti-concepção!!!
É o máximo!
Com que olhos é que este colega vê o sistema de cuidados primários saúde – que merecem mais e melhor da parte da Ordem – ou melhor: da parte do ainda Bastonário da Ordem dos Médicos…
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5º
A tecnologia dos Centros de Saúde
Não contente com tantos desaforos, o colega esgrime ainda um último argumento: a falta de segurança e a não existência de equipamentos para resolver as complicações nos centros de saúde.
Por este tipo de pensamento podemos concluir que para o nosso ainda bastonário os centros de saúde deveriam ser excluídos do sistema de saúde devido à sua baixa tecnologia.
Boa resposta lhe dá o colega presidente do colégio de Ginecologia/Obstetrícia da Ordem dos Médicos, lembrando-lhe a complementaridade de serviços e a desejável referenciação hierárquica entre serviços.
6º
Paternalismo serôdio
O paternalismo serôdio, a incompetência, a irresponsabilidade e o autocratismo do nosso actual Bastonário são insuportáveis. Neste período eleitoral – até à eleição do seu Bastonário –, os médicos vão ser chamados a reflectir sobre a situação e a perspectivar novas alternativas mais favoráveis aos médicos e à medicina portuguesa.
Lisboa, 30 de Agosto de 2007
Carlos Silva Santos
Candidato alternativo a Bastonário da Ordem dos Médicos
5º
A tecnologia dos Centros de Saúde
Não contente com tantos desaforos, o colega esgrime ainda um último argumento: a falta de segurança e a não existência de equipamentos para resolver as complicações nos centros de saúde.
Por este tipo de pensamento podemos concluir que para o nosso ainda bastonário os centros de saúde deveriam ser excluídos do sistema de saúde devido à sua baixa tecnologia.
Boa resposta lhe dá o colega presidente do colégio de Ginecologia/Obstetrícia da Ordem dos Médicos, lembrando-lhe a complementaridade de serviços e a desejável referenciação hierárquica entre serviços.
6º
Paternalismo serôdio
O paternalismo serôdio, a incompetência, a irresponsabilidade e o autocratismo do nosso actual Bastonário são insuportáveis. Neste período eleitoral – até à eleição do seu Bastonário –, os médicos vão ser chamados a reflectir sobre a situação e a perspectivar novas alternativas mais favoráveis aos médicos e à medicina portuguesa.
Lisboa, 30 de Agosto de 2007
Carlos Silva Santos
Candidato alternativo a Bastonário da Ordem dos Médicos
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